quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ILHA DE BOIPEBA

Escondida atrás da Ilha de Tinharé, onde está Morro de São Paulo, a Ilha de Boipeba é o oposto da badalada vizinha. As semelhanças entre as duas vilas malocadas na Costa do Dendê ficam por conta do charme rústico das ruas de terra onde o tráfego de automóveis é proibido e das praias paradisíacas, com águas claras, areias brancas e vastos coqueirais.

Enquanto Morro apostou na veia turística, com pousadas e restaurantes estrelados e noite agitada que atrai jovens dos quatro cantos do planeta, Boipeba caminha na direção inversa. Por iniciativa dos próprios nativos e forasteiros que lá aportaram, foi transformada em Área de Proteção Ambiental, garantindo cenários desertos o ano inteiro.

Cercada de um lado pelo oceano Atlântico e de outro pelo rio do Inferno, o acesso à Boipeba é tão complicado quanto o que leva à Morro de São Paulo. Não é à toa que muita gente fica em Morro e faz o passeio de apenas um dia à ilha - um grande equívoco levando em conta tanta beleza.

O endereço difícil e o bate-e-volta de turistas na temporada, porém, revertem-se em vantagens, como a preservação da natureza, dos coqueirais, da vila de pescadores e, em especial, do sossego.

Feita para ser desfrutada durante o dia, a ilha é banhada por vinte quilômetros de praias de águas azuis. Para conhecer cada recanto, só caminhando ou fazendo passeios de barco, como os que levam às piscinas naturais de Moreré, em pleno alto-mar; ou aos naufrágios na Ponta de Castelhanos.

Quesitos como compras e noitada não fazem parte da programação em Boipeba. Foram trocados pelo espetacularpôr do sol no encontro do rio com o mar e pela contemplação do céu cravejado de estrelas.


foz do iguaçu

Com uma das molduras naturais mais bonitas do mundo, Foz do Iguaçu é praticamente uma Torre de Babel. Além dos brasileiros, argentinos e paraguaios que dividem a região da Tríplice Fronteira, a cidade é visitada por gente dos mais diversos cantos do planeta. Atraídos pelas cataratas do rio Iguaçu, um conjunto de 275 quedas d´águaque chegam a 90 metros, os turistas encantam-se não somente com o visual, mas com as diversas maneiras de apreciá-lo. 
Dentro do Parque Nacional, tombado como Patrimônio da Humanidade, as opções são os mirantes e as passarelas. Nos arredores, há passeios de barco e helicóptero, caminhadas e rafting, sempre com as cataratas como pano de fundo. Parte da reserva pertence à Argentina e vale a pena cruzar a fronteira para descobrir os encantos do lado dos hermanos – é lá que fica a Garganta do Diabo, um dos saltos mais impressionantes. 


O país vizinho abriga também o cassino mais badalado da área, o Casino Iguazú, com roletas, caça-níqueis, poker... caso a sorte esteja a favor, guarde uns trocados para gastar em compras na paraguaia Ciudad del Este, logo após a Ponte da Amizade. Artigos como perfumes e bebidas saem a preços em conta e podem ser adquiridos em dólar ou real.

De volta à Foz, o passeio só fica completo com uma visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu, com tour técnico que leva às turbinas. Com tanta água nos arredores, a cozinha típica da região só poderia ser à base de peixes. Não volte sem experimentar o Pirá de Foz, preparado com os saborosos dourado e surubim, abundantes no rio Paraná.